terça-feira, 24 de maio de 2016

Lama Financeira





Rio doce de sangue sujo
um adeus cor marrom
metal pesado do vasto desamparo
farto e amargo dinheiro ao mar
sujo lodo de dor
a lama cobre a esperança
sem oxigênio
o desastre veneno

Peixes choram fora d´água
rio de lágrimas contaminadas
através das barragens feitas
um mundo muro
 futuro em luto

Impostores fabricando corações de ferro
a natureza morta indo ser vala
linda água que estraga
a vida ali passava
a morte agora traga
humano bicho
o líquido que virou lixo

O pássaro que a água ali bebia
é uma hemorragia da vida perdida
lucros da tecnologia que tudo esvazia
um funeral planetário onde enterram
caixão marrom
 peixes e sonhos



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