quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Levante




Toca o alarme
desperta a dor
dormiu  floresta
acorda  cidade

Desencanto pelas frestas
vivendo nos becos da vida moderna
o super macaco vai atrás das bananas
cada dia mais difíceis e caras
antes frutas agora pílulas
enlatada vida

No coletivo de indivíduos
o egoísmo reunido
uma estrada em direção ao nada
trabalho e casa

Ser vira produto
consumo em fato 
lixo no canto largado
pessoas e bichinhos
 
Levanta e planta
mas o trator vêm em seguida
destruir seus sonhos de criança 
árvores de plástico balançam 

Corrida na esteira
streess quilométrico
engarrafamento grátis
cidade e mais cidade

Cinema dos filmes do circuito interno
desencanto no rádio de manhã
violência para almoço
estupro indiano no jantar

Casamento entre desamores
patri e matrimônio penitenciário
para toda lua de fel
fim das amizades
término do carinho
com estampa de sorriso
 
Dorme na cama 
acorda no detrito policial
falando ao passado
mamãe me eduque
papai por favor escola
 
O lazer do cansaço
vira não nascer do parto
compram-se lágrimas
mate sua sede apenas com elas
capitalismo carinhoso

Arrogância femista
imbecilidade do machismo
em promoções anunciadas
parcelas de cem tristezas
lojas abertas dia e noite

A cabeça dói o peso
preço do analgésico para ser sem razão
coração robótico e sentimento mecânico
que na vida diz sempre
sim ao não

Vai acordando do sonho
despertando para o pesadelo


Um comentário:

  1. Poeta anti-quase tudo, monotelhismos e afins, o poeta tá rouco, + non calado, me da 1 cajado q. viro ouro, de tolo mais ouro. ouro preto, café sem agruras, seu nombre és telha!!!

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