sábado, 10 de novembro de 2012

Dez desmandamentos



Não amarei sobre todas as formas
esse insignificante vazio 
esse deus inventado por Hebreus
montado com peças soltas
das antigas religiões alucinadas

Oh o Eu cético 
não amante de cadáveres pendurados
com braços abertos sofrendo
para imaginariamente salvar 

Nada de inventados pombos brancos 
sujos de sangue inocente dos tidos como bruxos

Nada ao representante do nada
nem um amor ou um carinho
mínimo que seja 

O nome do nada é vazio
e o vácuo não merece respeito
isso será cuspido bêbado de vinho
toda esta tola intenção 

Domingos e outros dias
a pura festa orgiástica se dará
conceitos de ecologia dançando
o corpo em gozo rebola

Não honrarei nenhum pai ou mãe 
de forma que seja obrigado
ainda mais se forem mandantes 
desse crime do não pensar 

Vou repudiar cada um
que me mande ir para a religião
destruir meu cérebro e sonho

Para defender  minha vida
a legítima defesa se dá 
mesmo que cause morte
Não posso cair e morrer
apanhar e dar a outra face
para loucos religiosos por exemplo
pisarem em minha liberdade

Não pronunciarei as ditas verdades
loucuras papais insanas e literárias bíblicas
mentirei a todo autoritário que corrompa o livre
contarei lorotas sem fim 

Nenhuma descrição fiel ao carrasco religioso
que busca a mulher para apedrejar 
punir o ateu 
o pensador e o amante

Roubarei minha liberdade que foi furtada
tornarei ela minha propriedade sagrada

A igreja deve perder tudo o que pegou
cada objeto conseguido na inquisição

Toda liberdade arrancada de seus cofres
As riquezas saqueadas devem ser distribuídas 
tudo dado aos Índios, negros e povos entristecidos

Levantar o falso testemunho da salvação
mostrar o manipulado milagre inventado
apresentar o delírio em praça pública
colocar a autoridade eclesiástica para falar  
absurdos apresentados e retirados a máscara

Dançar o puro desejo
homens e mulheres de conjugais
 todos que queiram desejar livremente

Sem donos monogâmicos
 escravocratas  maridos e esposas

Um desejo sexual festivo
sexo seguro e risonho 

A política de ecologia

livre a todo dia a dia

Não mais os latifúndios do egoísmo 
fim de propriedades privadas
apenas a coisa pública toda aberta
livre e de todos para o gozo






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