quarta-feira, 9 de março de 2011

Fuga do Planeta




Não me sinto alegre nesse porto

vejo que não há nem o seguro
nem o ar de são paulo é puro
o rio de janeiro tá cheio de esgoto
as minas gerais estão desabadas

Não tem essa de espirito santo
e a amazônia tá uma zona
na bahia uma barra pesada
Vi o acre tá sem entrada nem saída
não curto o racismo de curitiba

O recife destrói todo o meu barco
e em florianópolis não nascem minhas flores
Me canso de fortaleza em ruínas
desse rio grande do sul de frieza
Não vejo o tal belo horizonte
em manuaus tá tudo mal

Estou sem lembrar das cidades
seus prédios e indios mortos
as metrópoles que me expulsam

Ando querendo ir viajar
pra fora do brasil e do mundo
os outros países também são imundos

Puxa queria ir voar
partir indo para outro planeta
qualquer que seja diferente o lugar



MonoTeLha

4 comentários:

  1. Excelente poema!
    mas me fez lembrar millôr:

    repara, "olha...
    entre um pingo e outro
    a chuva não molha."

    :)

    Grande abraço...

    (O outro planeta está num olhar.
    comemoremos a vitória de amanhã! e de ontem!)

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  2. Vamos fugir desse lugar baby? Curti!

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  3. É, às vezes a gente se sente uma peça de Tetris no quebra-cabeça da Barbie rs...

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