quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Despedida




Vejo ao longe
a despedida que vira
meu corpo todo uma
feia e dura ferida

O vazio a única ponte
última visão de flores
ah o cabelo sumindo
via única para o muro

Uma estranha droga
estampada e com fotos
no meu jornal mental

Ah que vida
acaba na fila seguida
vai embora, amarga hora
pegar o trem que já vêm

Sobram os restos
a bomba solidão bebida

Eu sonho dentro do pesadelo
Quero minha cadeia aberta
pensamentos prisioneiros livres
meu choro saindo

Te quero oh vida
mas já é como um cadáver
uma bela suicída menina

Tantas coisas ruins
vazios que enchem a vida
violência nessa demência

Sentimento de fim de mundo
meu mundo nesse luto
rompimento da impenetrabilidade
bate o coração com dor

Quero o hospício solto
loucos todos saindo
minhas lágrimas gritando

Esperança morta a queima roupa
tiros de munição cheia de dinheiro
o corpo em desespero pleno

Queria andar pela rua
mas a cidade sitiada me para
minhas lágrimas caem chorando



MonoTeLha

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