quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Empregado





O cansaço sem descanso dos dias
vai deixando o corpo derrubado
machucados variados estão exaustos
na vida de condenado a ser escravo

Trabalhando para morar e comer
sobrevivendo no meio do sistema
esbarrando nas migalhas estraçalhadas
os sorrisos do trabalho são falsos
como navalhas cortam a verdade
ser explorado na cidade até tarde

Come por dentro certezas esfomeadas
foi que larguei minha liberdade
por lavagem troquei alimento
a moradia afinal virou prisão mundial

Vou me ofendendo a cada minuto e segundo
no passar das horas e anos do calendário

O peso nas costas só aumenta
junto com muitos problemas
tenho que me magoar sem parar
ir no horário ganhar a chibata
proletário escravizado solitário

Meu cartão de ponto
vale uma cova rasa

Meu salário deixa a alegria no mínimo
vou indo sendo da vida demitido




MonoTeLha

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