quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Noite de Chuva




Os pingos vão caindo
o corpo vai se molhando
os trapos encharcando

Os espaços gradeados
não servem de abrigo
Correntes novas para prender
a falta de proteção ao ser

O frio da noite faz estragos
aos que não possuem casacos
rito mendigo sofrimento indigno

A fome é companheira
a fase do alcoolismo não é passageira
a noite toda numa lama
inteira na desgraça cheia

Chove muito nessa noite
tossindo o sangue
vermelho sofrimento caindo
gotas de água e vida trágica



MonoTeLha



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