segunda-feira, 12 de julho de 2010

Bombas e platéias




A retorcida imagem da manhã

já é pior que o do dia anterior

Eis a segunda bomba

Não se possui muitos observadores
ela caiu
e matou quase todo o resto
o que resta é só destroço

A platéia sente no rosto
o vento nuclear
fazendo apodrecer

Os aplausos se desmancham
juntos de cada pútrida mão

Cérebros afundam no desgosto
Não adianta pedir socorro
a hecatombe chegou

A bomba varre a vida
leva a ida ao fim
Não pode-se ignorar
a catástrofe nuclear




MonoTeLha

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