quinta-feira, 24 de junho de 2010

Abaixo da Linha da Miséria




Vivendo abaixo da linha da miséria

pertencendo ao estrume da vida
largado pelos cantos cantando loucuras
falando sozinho sem nexo

Vivendo abaixo da alegria
junto da tristeza
sozinho sem ajuda

Entrando na exclusão
vivendo muitas vezes andando de camburão
sem ajuda sempre sem ninguém

Come lixo regado ao chorume
adentra nos hospitais públicos carniceiros
não tendo mais do que mais doenças

As vezes pertencendo a um ensino
que sempre lhe faz analfabeto
Chora e não pode ter muitas lágrimas
já é expulso do banco da praça
pela polícia anti-pobres

As vezes nas capas de jornais da burguesia
tendo o dano moral sendo execrado
réles desgraçado sem direitos amparados

Deseja se matar para a dor parar
tenta sobreviver alguma coisa fazer
Mas não tem algo para fazer

A droga do Estado lhe ampara
lhe dá a morte e o sufoco
deixa aos poucos morto
e faz não tem mais chance
espera a morte logo
se tiver um pouco do que chamam de sorte



MonoTeLha

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